30 de maio de 2018

Sonata em Auschwitz


SONATA EM AUSCWITZ 
✐ Luize Valente
📖  Grupo Editorial Record

Não sei explicar, mas AMO livros que contam sobre a Segunda Guerra Mundial, principalmente aquela que tocam o coração, que lhe emocionam e você fica na dúvida se realmente houve e há pessoais tão cruéis assim no mundo. Um dos primeiros livros que eu li sobre a temática, foi "Jardim de Inverno de Kristin Hannah", no qual a autora conseguiu me emocionar e também me fez sentir como parte  do livro, com Luize Valente não foi nada diferente, e posso lhe confessar? A escrita perfeita e envolvente, conseguiu atrair minha atenção logo no inicio da leitura, visto que com Jardim de Inverno, não funcionou desta forma, só fiquei envolvida apos metade do livro. Mas por que estou fazendo este comparativo? Bem, por que nunca li nada do Holocausto que me tocasse tanto como Jardim de Inverno, ele sempre foi uma das minhas indicações e top dos favoritos, até que conheci "Sonata em Auschwitz", e tudo mudou. 

Estou orgulhosa de uma escritora brasileira, ser mega competente, atenciosa, envolvente e nada entendiante. Então chega de blá-blá-blá e rasgação de seda, e vou tentar descrever essa lindeza, se isso for possível, só lendo para você compartilhar de toda a minha emoção.

Depois de décadas do fim do Holocausto, Amália, portuguesa com ascendência alemã, e sem nenhum dialogo com seus pais sobre o passado deles na segunda guerra, pois sempre teve curiosidade sobre suas origens, então começa a esmiuçar o passado de seus pais e avos, foi quando ouviu uma conversa entre o pai e a avo materna que Amália não conhecia, Frida, e este telefonema que um telefone na extensão da casa dos pais e tomar atitude:
"Meu primeiro impulso foi o de invadir o escritório e metralhar meu pai com perguntas: "Quem é você, afinal? Por que omitir o passado alemão? Por que nunca nos contou de Frida? Quem são Ingeborg e Fridedrich?" Mas não o fiz. Peguei a bolsa e saí sem fazer barulho." (página 26)

Foi para a Alemanha para conhecer e arrancar de sua avó Frida todo o mistério do passado. Frida estava completando 100 anos, e contou para Amália tudo o que sabia, mas deixou dúvidas no ar. Quem era o bebê nascido nas barracas de Auschwitz em Outubro de 1944, no qual seu filho e também avó de Amália, Fridedrich, havia trazido na calada da noite para Frida, a mesma expulsou o filho de casa e anos depois receber uma carta com o nome de Haya e Adele com residencia no Rio de Janeiro/Brasil e junto uma sonata composta por ele e dedicada a Haya.


"Frida foi direta, sem floreios. Jogou-me o passado que voltou a atormentá-la em pesadelos noturno. Não partiria com ele. (...) Fridedich era o filho amado de um casamento de conveniência com Hans, alto oficial do Reich que se suicidou no fim da guerra." (página 71)

*sonata de Haya

Amália parte para o Rio de Janeiro em busca de Haya e Adele, e com a dúvida que seu avô Friededich, possa estar vivo. Atravessa o oceano para conhecer os supostos sobreviventes do Holocausto.

💭.: QUOTES :.

"Os Judeus eram jogados nas frentes de batalha, sem armas, e serviam para limpar o terreno das minas, detonando-as com o próprio corpo, para o avanço das tropas do Eixo." (página 171)
"Alguns morriam de frio e fome. Simplesmente tombavam. Quem não conseguia mais caminhar, insistia em se arrastar, era abatido com um tiro na cabeça, como um cavalo que quebra a pata." (página 172)  
"Quem é o homem mais rico do mundo? Kurt respondeu: "O ladrão de lágrimas. A riqueza de um homem se mede pela quantidade de lágrimas que ele extrai de outros homens em seu funeral." (página 172)  
"Ali, de frente para a filha e para aquela jovem, até há pouco, desconhecida, a parte mais íntima de Adele se desnudava. Os fatos do Holocausto podiam ser pesquisados nos livros, as emoções não. Ela mesma só compreenderia a dimensão de Auschwitz quinze anos depois de ter estado lá."(página 262)
"Adele viveu ali. Os nazistas explodiram os crematórios, mas o cheiro dos mortos consumiu as entranhas de Adele. Os mortos vivem em seus silêncios." (página 267)    
Todas as pessoas apaixonadas e "movidas a livros", principalmente por histórias do Holocausto, precisam ler este livro, não somente ter lido: "O Diário de Anne Frank", "Jardim de Inverno", "A Lista de Schindler", por infinitas razões que ficarei aqui horas e horas tentando concluir e sempre lembrarei de mais algumas. A história é muito bem escrita, a linguagem é tranquila (sem idas ao dicionário), lhe prende e envolve desde o início, não é massante, ou seja, cheia de informações e que você fica indo e voltando, ela fluí lindamente, e o melhor de tudo, com informações muito reais e ricamente narradas. Enfim, indico demais essa viagem ao passado, e viver uma personagem tão linda como é a Adele.💗💙💚💛💜

22 de maio de 2018

A Guerra que me Ensinou a Viver


A GUERRA QUE ME ENSINOU A VIVER 
✐ Kimberly Brubaker Bradley
📖  Editora DarkSide

O primeiro livro “A guerra que salvou a minha vida” de Kimberly Brubaker Bradley me apresentou a Ada, o Jamie e a Susan que deixou-me perdidamente apaixonada pela história. Acreditei que não teria mais história para ser contada e vem a Darkside e lança “A Guerra que me ensinou a viver”. 

Nesse segundo volume, reencontramos todos os meus amadinhos, além de Fred, Maggie, Sra. Thorton, Manteira, o gato Bovril e também terá personagens novos.

Durante a guerra de 1940, Ada, Susan e Jamie vão morar num chalé que foi cedido por Lady Thorton , visto que a casa de Becky foi atingida no bombardeio. Antes de tudo isso, a Ada está para realizar a cirurgia dos seus pés tortos, ela morre de medo e expectativa de como ficará.
"É possível saber um monte de coisas e mesmo assim não acreditar em nenhuma delas." (página 12)
Mesmo com toda a segurança que Susan lhe passa, além do amor e cuidados, é difícil para Ada ser cuidada por outras pessoas, e acreditar que é amada, isso devido aos constantes abusos e mal-tratos de sua mãe que entrega Jamie e Ada para Susan em trocas de uns xelins.
"O Jamie soluçou ainda mais: "Eu amava ela", respondeu ele. O Jamie era melhor do que eu. Ele provavelmente amava mesmo a Mãe. Eu, não. Queria amar. O que eu mais queria era que ela me amasse." (página 16)
           
No primeiro livro A Guerra Que Salvou a Minha Vida, foi nítida a luta de Ada para vencer, ser aceita e conhecer o mundo, no A Guerra Que Me Ensinou a Viver, ela precisa saber que é amada e tem um lugar seguro para viver, e que a Susan a quer de todas as formas.

"Meus ombros começaram a tremer; eu teria desabado no chão, mas a Susan me abraçou. Me abraçou como na manhã em que me encontrou com vida em Londres, depois do bombardeio. 'Não sei quanto a você, mas eu estou me acostumando com essa coisa dos abraços", sussurrou ela no meu ouvido, Aquilo me fez rir, mesmo que eu ainda estivesse chorando. Eu fiquei de pé e solucei, e fiquei de pé, e solucei, e fiquei de pé e fiquei de pé e fiquei de pé. " (página 29) 
Os livros são narrados por Ada, de uma forma corajosa, teimosa e bastante arredia, isso por que ela ouvia de sua mãe o tempo inteiro que não era digna de amor, que ninguém a amaria. A Susan depois da morte de Becky (sua amiga que eu acredito que era sua companheira amorosa), se isolou do mundo e teve bastante resistência para acolher os dois evacuados, mas aos poucos começou a amá-los como se sempre tivessem sido seus, ela entendi que levaria tempo para Ada se permitir a dar espaço para as pessoas amá-la, e o Jamie, ele nunca sofrer humilhações e não tinha deficiência, e por ser novo, acolheu tranquilamente Susan como sua mãe.
"Eu sempre fora aleijada e ignorante, e passara a vida atrás da janela de um apartamento xexelento e m Londres. Agora andava com os dois pés, sabia ler e divida o quarto e os livros com a filha de um barão. Exceto pela morte da Mãe, eu só havia ganhado. A morte contava como perda ou ganho?" (página 193)
A Guerra Que Me Ensinou através da impressão de uma criança, retratou um pouco quem são os judeus, as tradições deles, a importância deles nesta guerra, gostei muito desta parte. Além de falar dos alimentos permitidos para os judeus, quais os alimentos que faziam parte do racionamento, como eles sobreviviam sem os alimentos do racionamento.

Com a guerra e o perigo da casa ser bombardeada, você consegue perceber que as crianças são inocentes e um simples cavalgar entre a relva, já é um motivo deles carregarem a energia e começar tudo novamente, acreditam até que Dragão exista.

Se eu amei ou amei A Guerra que me Ensinou a Viver? Com toda a certeza, e fiquei com gostinho de quero mais, sempre é bom saber como Ada está, e ter um injeção de motivação e resiliência que somente Ada Smith tem. Sentirei saudades, então terei uma releitura garantida no futuro.....💜💚💚💗 

21 de maio de 2018

Canecas










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